Filme do Projeto Animação
A máxima “samba não se aprende na escola” é um bom mote para pensarmos “o que se aprende na escola, e por que se aprende isso, e não aquilo”. Constantemente, os alunos se perguntam qual a necessidade de estudarem um determinado conteúdo, ou mesmo de pensarem que quando estão vendo um filme, não estão “tendo aula”. O conhecimento não se restringe a aulas expositivas, muito pelo contrário! É fundamental questionar isso junto com os alunos.
De que maneira os talentos individuais são estimulados ou tolhidos pela escola?
O samba ocupou durante muito tempo o lugar de “maldito”. Antigamente, as manifestações ritmicas de escravos eram chamadas batuque, e com o tempo, essas manifestações deram origem ao lundu e ao maxixe. O samba é herdeiro dessas manifestações. Foi preciso muitos anos até que o samba fosse visto de outra forma. Vale a pena pensar sobre outras expressões artísticas que hoje ocupam um lugar maldito.
Noel Rosa levou uma vida boêmia, vivendo sempre à margem e, ao mesmo tempo, foi artista genial. Sua extraordinária obra não deixa dúvidas sobre o legado de um artista impar, mas também a questão de seu estilo de vida boêmio.
Aos 26 anos, Noel Rosa faleceu deixando uma obra de mais de 250 músicas. Nunca é cedo para começar a criar! O importante é acreditarmos em nós mesmos e investirmos naquilo que sonhamos.
Pergunte a cada aluno qual a sua principal área de interesse e reflita com ele de que maneira a escola pode estimular o seu talento.
Um bom exercício de análise filmica é observar de que maneira o filme resolve visualmente o sucesso das músicas de Noel Rosa.
Observe com os alunos a cena em que as músicas de Noel começam a tocar nas rádios e pense com os alunos sobre o significado da “reprodução” de diversas figuras de Noel no mesmo plano como solução para representar o sucesso alcançado pela
sua música.
Outro momento que merece ser objeto de análise filmica é o da imagem de Noel andando na calçada de pedras portuguesas e deixando um rastro de notas musicais pelo caminho. Essa imagem tem um poder simbólico e de sintese, representando, de certa forma, o legado de um gênio da música brasileira.
Direção, Roteiro, Animação, Direção de Arte
Alunos da Rede Municipal de Ensino de Vitória
Orientação de Roteiro
Luelane Corrêa
Orientação de Animação
Rosaria
Produção Executiva
Beatriz Lindenberg
Direção de Produção
Lucia Caus Delbone
Coordenação de produção
Gabriela Nogueira
Patricia Cortes
Coordenação das oficinas
Yvana Belchior
Monitores das oficinas
Alunos do Núcleo Animazul
Ariane Piñeiro
Marinéia Anatório
Renê Schutz
Narração
Alunos do Núcleo Animazul
Composição e Interpretação da Trilha Sonora
Alunos da Academia de Ensino Orquestra Jovem e
Alunos do Grupo Congo Mirim da Ilha (Projeto Vale Música)
Edição e Finalização
Rosaria
Érica Valle
Gravação, Edição de Som, Mixagem
Estúdio Nova Arte/Kiko Miranda
Pós-produção
Karen Akerman
realização
APOIO